“O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta
quinta-feira (30) que “o risco de racionamento de energia elétrica no
Brasil [hoje] é zero”, mesmo na Região Nordeste mais castigada pela
seca.
Ao participar de uma audiência pública na Comissão Mista de Mudanças
Climáticas, ele defendeu a aprovação da PEC das Obras Estruturantes. A
proposta, que faz parte da Agenda Brasil, estabelece o processo de
fast-track para acelerar o licenciamento ambiental de obras
estruturantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e dos
programas de concessão. Por meio desse processo, os órgãos responsáveis
terão prazo máximo de seis meses para emissão de licenças para obras
estratégicas.
“Hoje para autorizar e licenciar um quilômetro de linhas de
transmissão precisamos de 27 licenças”, criticou o ministro
acrescentando que pela proposta em discussão no Congresso, caso as
licenças não sejam concedidas no prazo, a União fica autorizada a
licenciar a obra.
Braga falou ainda sobre a importância de diversificar a matriz
energética brasileira e afirmou que o Brasil é o quarto maior produtor
de energia eólica do mundo e dever chegar, em 2050, ao primeiro ou
segundo lugar.”
(Agência Brasil)
O olho do furacão Patricia tocou terra firme na costa sudoeste do México no Pacífico nesta sexta-feira com ventos máximos estimados em 265 quilômetros por hora, afirmou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.
O furacão adquiriu as dimensões de uma das maiores tempestades da história nesta sexta-feira, quando se dirigia à costa do México no Oceano Pacífico e obrigou hotéis a dispensarem turistas e os moradores a estocarem suprimentos.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) disse que a tempestade de categoria 5 é a mais intensa já registrada no hemisfério ocidental, e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) a comparou ao tufão Haiyan, que matou milhares de pessoas nas Filipinas em 2013.
Alto-falantes instalados ao longo da praia da estância de Puerto
Vallarta, popular entre turistas norte-americanos e canadenses, emitiam ordens para a saída de hotéis enquanto
uma chuva leve e uma brisa suave sacudiam as palmeiras. As ruas ficaram
vazias enquanto as sirenes da polícia eram acionadas.
Alguns funcionários de hotéis de Puerto Vallarta disseram que os
esforços para retirar os hóspedes já começaram, mas outros afirmaram
ainda estar esperando para saber para onde encaminhá-los. Quando a
Reuters visitou um dos abrigos da cidade, um edifício de aspecto
desgastado em uma área baixa, ainda não havia ocupantes.
Aristoteles Sandoval, governador do Estado de Jalisco, acredita que cerca de 15 mil pessoas serão retiradas de Puerto Vallarta.
O ministro dos Transportes e das Comunicações do México, Gerardo Ruiz
Esparza, afirmou que o furacão tem proporções “colossais” e exortou as
pessoas a se protegerem.
“É um perigo para as regiões costeiras, e um perigo para a população”, disse.
O governo alertou que cinzas e outros materiais do vulcão de Colima, a
cerca de 210 quilômetros de Puerto Vallarta, podem se combinar com a
precipitação intensa e desencadear marés de lama semelhantes a “cimento
líquido” e cercar vilarejos próximos.
O porto e o aeroporto de Puerto Vallarta foram fechados nesta sexta-feira, assim
como o importante terminal de carga de Manzanillo. A petroleira estatal
Pemex declarou que seus postos irão parar de vender gasolina na área em
que o furacão pode passar, mas nenhuma de suas principais instalações
se encontra nesse trajeto.
A tempestade cresceu em um “ritmo incrível” nas últimas 12 horas,
afirmou a OMM, e o NHC relatou na manhã desta sexta-feira ventos máximos
de aproximadamente 321 quilômetros por hora enquanto o furacão segue
para o norte a 16 quilômetros por hora.
“Os ventos são capazes de manter um avião no ar”, disse Clare Nullis,
porta-voz da OMM, em um boletim na Organização das Nações Unidas (ONU)
em Genebra, comparando o Furacão Patricia ao tufão Haiyan.
fonte:diário do nordeste